Nunca
te isoles entre os mananciais da vida;
A
vida é o eterno bem que nos foi dado,
Para
que o multiplicássemos indefinidamente...
E a
alma que se abandona,
Ao
sofrimento ou ao bem-estar,
É um
deserto sem oásis,
Onde
outras almas sentem fome e sede.
Multiplicar
a vida
É
amar sem restrições
A
flor, a ave, os corações,
Tudo
o que nos rodeia.
Atenuar
a dor alheia,
Sorrir
aos infelizes,
Bendizer
o caminho que nos leva
Da
treva para luz;
Agradecer
a Deus, que é Pai bondoso,
O
firmamento, o luar, as alvoradas,
Ler
a sua epopéia feita de astros,
Ter
a bondade ingênua das crianças,
Tecer
o fio eterno da esperança
Por
onde se sobe ao Céu;
Dar
sorrisos, dar luzes, dar carícias,
Dar
tudo quanto temos,
Tudo
isto é amar multiplicando a vida,
Que
se estende infinita no Infinito.
Dar
a lição de paciência se sofremos,
Dar
um pouco de gozo se gozamos,
É
guardarmos a semente
Da
Vida
Em
leivas verdejantes,
E a
qual há de nos dar
Sombras
amigas para descansarmos,
Indumentos
de flores perfumosas
E
frutos aos milhares,
Para
nutrir as nossas alegrias
Nos
jardins estelares...
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932